Fruta suculenta, resultante do cruzamento do pêssego com a ameixa vermelha, de sabor doce e ligeiramente ácido, é consumida principalmente in natura
Texto João Mathias
Consultor Edvan Alves Chagas e Rafael Pio*
A safra vai de outubro a janeiro nas principais regiões produtoras do país. O grosso da colheita é feito, porém, em novembro. Espécie de origem chinesa, assim como o pêssego, de quem descende diretamente, a nectarina (Prunus pérsica L. Batsch nucipersica) tem como principal diferença de seu progenitor a casca lisa e o maior teor de brix (a taxa de açúcar). Bem adaptada ao clima temperado brasileiro, a fruta tem seu cultivo concentrado nas regiões Sul e Sudeste do país, sobretudo nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Contudo, graças a trabalhos de melhoramento genético em instituições de pesquisas, há cultivares de nectarinas para plantio em regiões de clima temperado e subtropical. O IAC - Instituto Agronômico de Campinas dispõe de diversas cultivares que não necessitam do clima frio para garantir um crescimento saudável da fruteira. Atualmente, a mais recomendada entre elas é a aurojima, cuja qualidade é considerada de nível excelente pelo órgão agrícola. Pequenos pomares localizados nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo vêm cultivando tais variedades, com bastante sucesso. O plantio de nectarinas vai bem em áreas com pouco espaço e não apresenta demandas técnicas complicadas. Bem conduzidas, as árvores atingem 2,5 metros de altura, no máximo. Na opinião de agrônomos e produtores experimentados, é uma boa alternativa para o cultivo em chácaras e pomares pequenos. Qualquer que seja o local escolhido para o plantio, o preparo e a adubação das covas devem ser realizados de acordo com as análises de solo e foliar - as folhas são retiradas antes da colheita, quando estão completamente formadas. Na composição da nectarina são encontrados vários nutrientes importantes para a saúde humana. A fruta é rica em vitamina A, niacina (vitamina do Complexo B) e, em menor quantidade, vitaminas C, K, B5, ferro e pectina, que ajuda a controlar os níveis de colesterol do sangue. Consumida principalmente in natura, também pode ser utilizada para elaborar doces e sorvetes. |
Texto João Mathias
Consultor Edvan Alves Chagas e Rafael Pio*
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