Do GG ao pp

domingo, 5 de julho de 2009

E quando os chatos são eles e não elas?


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Atenção, mulheres e homens: agora que elas fizeram sua autocrítica com as dicas preciosas de Isabel e se olharam no espelho perguntando “sou chata assim sempre ou só de vez em quando”… agora que a gente admitiu que o humor, o sorriso e a tolerância nos tornam mais belas e atraentes e que chega de ser cricri e fresca… agora que a gente sabe que a chatice e a amargura pioram com a idade, provocam rugas… agora que os homens aderiram entusiasmados ao 7×7 e à nossa isenção… chegou a hora de pensar todos juntos.

Como é a chatice masculina?

Você já viu a seguinte cena no restaurante. A mulher conversa com o marido e só tem olhos para ele. Ele responde monossilabicamente - resmunga. Bebe mais do que come. Aí, você entra e se dirige até o casal para cumprimentar, ela é sua amiga. O homem se acende como se fosse árvore de Natal na Lagoa Rodrigo de Freitas. Olha para você com um sorriso, puxa a cadeira, pergunta o que você quer beber, e engata numa conversa animada. E aí você pensa: esse aí eu não ia querer nem embrulhado pra presente.

Fora o galinha profissional, quais são os tipos que mais encarnam o mala-padrão?

Depois das terríveis chatices femininas, fiquei pensando, a pedido das leitoras, quais são as maiores chatices de homem ou se eles são sempre vítimas. Para mim, é até difícil porque sempre vivi bem no mundo masculino, tenho dois filhos homens – e os acho adoráveis. Gosto do jogo de cintura dos homens – e adoro futebol na tv e no Maracanã.

Mas já tive de ligar o radar anti-chato muuuuuuitasss vezes na vida e no trabalho. Como agem os homens-mala no dia a dia? Será que eles também vão se identificar com algumas das atitudes abaixo e comentar aqui no blog – ou as chatas são sempre elas?

Fiz uma enquete com as amigas. Tem o chatinho, o chato médio e o chato insuportável – que nem os amigos homens de infância aguentam.

Como age aquele que leva a mulher a se desapaixonar com o tempo, a ficar com baixa autoestima, a se encantar com aquele colega de trabalho ou a pensar em se tornar lésbica?

O chato…

- Nunca encontra nada e pergunta sempre onde está tudo, mesmo que esteja diante de seus olhos, ou logo abaixo da superfície de uma gaveta. “Onde está o cotonete? Onde está a pasta de dente? Onde estão as meias cinzas? Onde está o remédio de dor de cabeça?”


- Implica com a empregada. “Ela não sabe passar roupa, e essa mancha na camiseta é água sanitária?, ela vive quebrando copo, né?, não estamos pagando muito não?.”

- É monotemático na conversa. Só fala de futebol. Só fala de carro. Só fala de golfe. Só fala de Bolsa. Só fala dele (esse é o pior). Se acha.

- O porta-voz: ele interrompe a mulher e resolve falar por ela, exatamente no momento em que ela está explicando, de seu jeito, um projeto dela. É constrangedor.


- Sempre reclama da comida, por mais que a mulher se esmere; no meio da refeição inovadora, comenta: “ficou meio salgado esse feijão, né?”


- Fala o tempo todo do trabalho, do chefe, dos subordinados, da grana, mesmo nos fins de semana. Fulaninho isso, fulaninha aquilo. Não consegue desligar.

- Tem uma síncope com qualquer arranhãozinho no carro se você abre a porta e encosta na árvore.

- Não suporta quando a mulher tem dificuldade de encontrar o celular tocando na bolsa.

- Não consegue deixar passar uma bunda sem conferir por trás na rua, ou pelo espelho retrovisor se estiver dirigindo. “Achei que fosse uma amiga minha”.


- Tudo dele é importante mas, quando a mulher fala de seu próprio trabalho, desliga total ou minimiza. “É bobagem, larga esse trabalho, você não ganha muito mesmo”.


- Quando chega em casa, liga a televisão, “amor, aproveita que você está em pé e pega uma cerveja”, “a que horas sai a janta?”, depois volta para o sofá e apaga.

- Implica com a enteada e com o jeito da mulher de ser mãe: “Você não sabe controlar essa menina, é muito mole, tem que ter mais rigor, ah se fosse minha filha…”


- Discute no trânsito e se vinga fechando o outro, abaixa a janela do carro pra xingar.


- Diz, quando os dois já estão na porta prestes a sair: “Mas você vai assim?”, sem especificar exatamente o problema.


- Anda sempre à frente da mulher na rua, nunca ao lado – mas, se for uma amiga, torna-se o gentleman em pessoa, vira Cary Grant.


- Jamais divide tarefas domésticas, quase nem passa da sala para a cozinha, e continua achando que trocar fralda (com cocô) só a mulher tem a técnica.


- Dá importância sobrenatural a colarinho, gravata e abotoadura.

Homens, portanto, podem ser tão incrivelmente chatos quanto mulheres. Chatice não é uma questão de gênero. Assim, se é para dar certo, vamos tentar sempre não sucumbir a essas manias que a maioria dos casais desenvolve com o tempo e com a danada da intimidade: implicar um com o outro, esquecer o prazer da companhia, ignorar as pequenas delicadezas, não fazer concessões, falar e não escutar, olhar e não ver…cobrar, cobrar, cobrar…