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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ginástica cerebral

Estimular o cérebro a atividades intelectuais é uma forma de mantê-lo ativo. Mas outras atitudes, como o passo-a-passo que irá acompanhar a seguir, aumenta a capacidade cerebral, melhorando o raciocínio e a concentração. Dê um pouco de férias à sua massa cinzenta e fique com a "cuca fresca".


por Maria do Carmo


Movimento 1

Abra os braços, gire as palmas das mãos para trás (o polegar deve ficar apontando para o chão) e traga os braços para frente, cruzando- os. Entrelace as mãos para os hemisférios cerebrais trocarem energia, e faça um gancho para dentro.


Movimento 2

Desfaça o exercício anterior, abrindo bem os braços. Em seguida, traga as mãos para frente, unindo as pontas dos dedos, que representam os cinco sentidos. Isso equilibra a energia emocional e racional dos hemisférios cerebrais.


Movimento 3

Massageie de três a quatro vezes as orelhas de cima para baixo. O pavilhão auricular contém mais de 400 terminações nervosas que, ao serem estimuladas, aumentam a capacidade auditiva. Excelente para escutar melhor na terceira idade.


Movimento 4

Faça de três a quatro respirações profundas. Primeiro exale pela boca o ar dos pulmões. A mão ajuda a pressionar o ar “poluído” para fora. Depois, inale profundamente pelo nariz, enchendo a barriga de ar. O cérebro consome 25% do oxigênio que respiramos. Assim, o oxigênio é considerado a voltagem do cérebro. Quem respira errado perde rendimento e produtividade.


Movimento 5

Durante 1 minuto, massageie o centro da testa, acima dos olhos. A massagem pode ser no sentido horário ou anti-horário, conforme a preferência da pessoa. Isso aumenta o fluxo de sangue no lóbulo frontal, a parte nobre do cérebro. Excelente para a rapidez de raciocínio, planejamento, criatividade.

Ilustrações: Braz

Fonte: Carlos Maurício Prado, terapeuta introdutor no BrasiIl da Ginástica Cerebral. Já realiIzou mais de 3 mil palestras no Brasil e no exterior


Seja feliz


Circunstâncias como ser pobre ou rico, bonito ou feio (entre outras) são responsáveis por apenas 10% dessa sensação tão almejada. Então, onde está a felicidade?


por Lúcia Nascimento


Não procures a verdade fora de ti, ela está em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, ele te aguarda em tua fé interior. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, ela habita em ti desde a eternidade" *

"A vida é compos- ta de prazeres peequenos. A felicidade é composta desses pequenos sucessos. O grande vêm muito raramente. E se você não colecionar todos estes pequenos sucessos, o grande realmente não significará qualquer coisa" **

Andréa Soares vive em um apartamento aconchegante em um bairro da cidade de São Paulo. Está satisfeita com o próprio corpo, "não é o de nenhuma celebridade, mas não importa", diz, e faz atividades prazerosas, como aulas de dança e encontros freqüentes com os amigos. Além disso, tem o apoio do marido e familiares para as decisões do dia-a-dia. Por tudo isso, ela se considera feliz. "Não fico entusiasmada em todos os momentos, mas o fato de saber que tenho acesso às coisas que me fazem bem é o suficiente para minha felicidade", afirma. O exemplo de Andréia é o mesmo de milhões de pessoas, mas isso não quer dizer que elas também sejam felizes. Isso porque a idéia de felicidade parece simples. O que pode ser complicado é torná-la possível. Pesquisas publicadas no Journal of Research in Personality e no Journal of Happiness Studies revelaram que apenas 10% da variação dos níveis de felicidade são explicados por circunstâncias ou situações da vida, como estar trabalhando ou desempregado, saudável ou doente, solteiro ou casado. Em outras palavras, aqueles planos de ficar rico, ganhar na loteria, casar com a pessoa mais bonita que você conhece ou dar a volta ao mundo não são garantia de felicidade. O mesmo estudo apontou outros dois fatores que determinam o nível de felicidade. Um deles é a genética, responsável por 50% dessa sensação. A professora de psicologia da Universidade da Califórnia e autora do livro A ciência da felicidade (Editora Campus, 392 páginas), Sonja Lyubomirsky, faz uma comparação interessante. "O ponto genético da felicidade é semelhante ao do peso. Algumas pessoas são abençoadas por uma propensão à magreza: mesmo quando não estão tentando, mantêm o peso com facilidade. Em contrapartida, outras têm que se esforçar para manter o peso no nível desejado", relata na obra.

*Mestre Khane
**Norman Lear

Da mesma maneira seria a felicidade. A propensão a ela pode ser maior ou menor, mas a chave para alcançá-la está em saber usar os 40% restantes de fatores que a compõem.

Sorria! Você está vivendo!
Sabe aquele dia em que você acorda sorridente, cumprimenta todos ao redor e se sente bem ao observar o Sol e até o movimento alucinante dos carros que passam? Essa atitude positiva em relação à vida é a responsável por aqueles 40%. "Algumas pessoas são mais felizes do que outras simplesmente porque se cobram menos e sentem a felicidade nas coisas simples", afirma a psicodramatista Márcia Homem de Mello. Como todas as realizações da vida, ser feliz requer esforços para mudar a maneira de agir frente às situações e se empenhar para o caminho escolhido ser o melhor.

"A idéia de viver somente o prazer é um ideal que não encontra repercussão na vida real. Viver é se deparar com situações de satisfação e com desafios. A habilidade em transformar as dificuldades em aprendizados facilita a construção de uma vida satisfatória", indicam as psicólogas Soraya Azzi e Cristiane Ferraz, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Para elas, são vários os fatores que propiciam uma vida mais feliz, como "a capacidade de vencer as dificuldades, a auto-estima, o autocuidado, a responsabilidade e o compromisso com as conquistas".

Tudo isso gera um círculo vicioso. Quando você se cuida, encara a vida de maneira mais leve e corre atrás de suas aspirações, sente-se mais feliz. Assim, conta com mais disposição para sorrir frente às adversidades. "Um sorriso bobo ao acordar pode levar a um círculo de felicidade do qual você não vai querer sair", diz Cristiane.

Sintonia fina
Não dá para falar sobre felicidade sem falar em desejos (aqueles 40%, lembra?). Para se tornar cada vez mais inteligente e bem-sucedido é imprescindível ter metas e tentar alcançá-las. No entanto, como já foi dito, chegar lá não é garantia de nada se o caminho traçado não tiver valido a pena.

"A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido"
Maxwell Maltz

Há alguns anos, um jornal paulistano pediu que personagens brasileiros listassem as dez coisas que não poderiam deixar de fazer antes de morrer. No último desejo, Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia política da Universidade de São Paulo (USP), escreveu: "Ser feliz. Os filósofos dizem que a felicidade, 'estado simples e permanente', não se confunde com os picos e vales, excessos e defici- ências, que marcam a vida dos prazeres. Não gosto do relativo moralismo que aparece nessa crítica ao prazer, mas ser feliz é sem dúvida uma arte: lutar pelo seu desejo e saber do que abrir mão no mesmo desejo. Sintonia fina".

"A felicidade consiste em preparar o futuro, pensando
no presente e esquecendo o passado se foi triste"
John Ruskin

Ou seja, ser feliz é encontrar essa sensação na simplicidade e de forma permanente, correr atrás dos sonhos e aproveitar tudo o que acontecer no caminho para alcan- çá-los com bom humor. É aquela velha história de que o destino nem sempre é o mais interessante em uma viagem. As horas dentro do ônibus, as mudanças de paisagem e o tempo de espera para che- gar podem ser mais marcantes.

Portanto, a habilidade de ser feliz se apren- de e pode ser aperfeiçoada. Basta querer. "Com a experiência, a maioria das pessoas adquire a capacidade de fazer escolhas melhores e até mesmo de lidar com os 'erros' e 'acertos'. É como se ficássemos em sintonia com o que nos faz bem", afirma o psiquiatra-chefe do Hospital Lourenço Jorge Leonardo Gama Filho.

Não se obrigue!
Aprimorar a felicidade pode dar trabalho. Busque o que lhe dá prazer - e aqui nenhuma fórmula serve, até porque uma pessoa é diferente da outra. Mas há coisas rápidas que podem florear o caminho: um sorriso a mais por dia, uma ligação para um amigo distante, dois minutinhos a mais para ler aquele livro que você adora. E não se obrigue a nada. Se a busca da felicidade for tão chata quanto limpar a casa ou acordar cedo no feriado, desista: o caminho está errado.

"Conhecendo cada vez mais a si próprio, a felicidade aumenta. Mas nem todos têm a capacidade de realizar esse processo sozinho. Quando isso ocorre, a ajuda de um profissional é útil para auxiliar a pessoa a reconhecer as coisas que fazem bem ou mal. Isso causará menos sofrimento para lidar com tudo na vida", orienta Leonardo. "É preciso ter consciência do que depende ou não de si mesmo, e estar sempre aten- to a tudo. Trata-se de um exercício ativo e diário de auto-análise", conclui.

Oito caminhos
Não existe uma lista ideal para se alcançar a felicidade, mas algumas dicas podem ajudar. Que tal tentar a partir de agora? Vá em frente!

 Dedique mais tempo à família e aos amigos, alimentando e desfrutando essas relações.
 Expresse gratidão por tudo o que tem.
 Ofereça ajuda sempre que esse pensamento passar pela mente.
 Seja otimista ao imaginar o futuro.
 Saboreie os prazeres da vida e tente viver no presente.
 Faça exercícios físicos semanalmente - no mínimo.
 Comprometa-se com objetivos e ambições por toda a vida.
 Mantenha o equilíbrio e a força quando surgirem o estresse, as crises e as adversidades.

Fonte: A Ciência da Felicidade, Sonja Lyubomirsky, Editora Campus


Sensações à mesa


Fazer uma refeição em família proporciona diversos sentimentos que, cultivados desde criança, ensinam a viver em harmonia


por Milton Bardelli


Quando o assunto é reunião familiar, é na cozinha que as relações se estreitam. Geralmente, acontecem em datas comemorativas como aniversários, Natal e Réveillon. E uma coisa é certa: faz bem, e para todos. Sendo assim, que tal aproximar esse momento de confraternização para um simples almoço do dia-a-dia ou até mesmo no jantar? Reunir a família em torno da mesa é boa sugestão para pôr a conversa em dia, rir e espantar as energias ruins. No entanto, para isso, é preciso seguir algumas regras simples para que seja descontraída, por exemplo, nada de deixar a televisão ligada no momento da refeição, algo que atrapalha o bate-papo e ainda faz as pessoas se dissiparem pelos cantos da casa. "Junte a família em, pelo menos, uma vez ao dia. Comer sozinho inibe o prazer da refeição, afinal, há coisa melhor do que compartilhar um prato elaborado por você?", diz a psiquiatra e terapeuta Hebe de Moura. Sentar à mesa com a família traz sentimentos e aprendizados para a formação cultural da pessoa. É nesse momento que a criança, por exemplo, aprende a comer alimentos diferentes, goste ou não. "Ela cresce mais segura, observa, escuta e imita o comportamento dos pais nas refeições. Há troca de informações e interação de todos", comenta a terapeuta. Aliás, o bem-estar na mesa não depende apenas das pessoas, mas do ambiente também. Procure realizar as refeições em lugares iluminados e com a mesa organizada. Acredite: "seu humor e dos familiares será diferente", afirma o consultor de feng shui Sérgio Carillo, e ainda completa. "A presença de flores e cores suaves como o verde, amarelo e terra estimulam a boa energia e geram harmonia entre todos na mesa."

Flores e cores suaves como o verde, amarelo e terra estimulam a harmonia entre as pessoas na mesa

Refeição que dá gosto

Recheie esse momento com bom humor e conversas agradáveis

 Faça um comentário do tipo "como é bom todos estarem reunidos".
 Evite realizar a refeição com música agitada ou em alto volume. O som atrapalha a conversa e ainda o faz as pessoas comer mais rápido. O mesmo vale para televisão ligada.
 Mantenha flores baixas no centro da mesa para que possa visualizar as pessoas.  Traga boas energias ao ambiente. Coma em lugares iluminados, arejados e fresco.

Dê boas gargalhadas
Quando se está próximo das pessoas que ama surgem histórias engraçadas, por exemplo, daquele tio que se enfiou em uma enrascada ao perder as chaves do carro, do primo que aos 20 anos de idade ainda não aprendeu a andar de bicicleta, ou até mesmo um conselho do mais velho da turma. Saber apreciar e tirar proveito dessas ocasiões é fundamental para a formação de caráter. Nesse momento aprende-se uma série de características presente nos familiares, colocadas em prática por toda a vida. "Quando encontramos um ambiente alegre, nos sentimos mais felizes automaticamente", diz a terapeuta Hebe.

E quando bate aquela saudade de um parente ou amigo, o que costuma-se organizar para pôr a conversa em dia? Sim, um almoço ou jantar. Leve sensações boas à mesa: prepare você a refeição, faça uma decoração clean, coloque uma música baixa de fundo e deixe a conversa fluir. "Além de comer, estimulamos a compreensão mútua e compartilhamos acontecimentos de nossas vidas. Com isso, deixamos os laços mais fortes, despertamos sentimentos de união e companheirismo", salienta Hebe.


Fazer uma refeição em família proporciona diversos sentimentos que, cultivados desde criança, ensinam a viver em harmonia


por Milton Bardelli


Piquenique
Quem já fez lembra onde, quando e como foi. O encontro é outro importante meio de aproximar a relação, e ao ar livre. Da mesma forma, o mais importante não são os alimentos servidos na refeição, mas a convivência e a harmonia que se obtém entre as pessoas. O preparo para o passeio também é fundamental: cada um deve colaborar com um pouco, seja com a comida ou mesmo o lugar escolhido para a reunião. "O piquenique é uma excelente oportunidade para reunir a família, portanto, faça desse momento especial para conhecer melhor as pessoas ao seu redor", finaliza Hebe.


Desenvolva a intimidade


Isso significa estar aberto e vulnerável a outra pessoa, disposto a compartilhar pensamentos, sentimentos e energia. Quando as palavras parecem inadequadas para expressá-la, o toque é uma alternativa proveitosa capaz de avivar a relação. Aprenda como estimulá-la com o reike e sinta-se mais leve.


por Leonardo Guariso


Fotos divulgação

Posição 1
Sentado, posicione as mãos sobre os olhos, apoiando as palmas sobre os ossos malares. Essa posição ajuda a reduzir o estresse. Permaneça em cada posição em torno de três a cinco minutos.

Posição 2
Deixe as mãos em concha na parte posterior da cabeça, com os dedos virados para cima. Essa postura transmite segurança e favorece um sono tranqüilo.

Posição 3
Coloque as mãos nos lados direito e esquerdo da parte superior do peito, com os dedos se tocando logo abaixo da clavícula. Esse exercício regula o coração e a pressão sangüínea e aumenta a capacidade de amar.

Posição 4
Posicione as mãos nos lados do umbigo, com dedos tocando-se no centro. Essa posição aumenta a autoconfiança.

Posição 5
Posicione as mãos sobre a região pubiana, formado um V. Para as mulheres, as pontas dos dedos se tocam; para os homens, as mãos ficam afastadas. Essa postura trata os órgãos sexuais e transmite a sensação de segurança.

Posição 6
Coloque as mãos em torno da cintura, na altura dos rins, com os dedos apontando para a coluna. Esse exercício fortalece os rins, promove a desintoxicação, acalma dores lombares e reforça a auto-estima.

Posição 7
Posicione as mãos em V apontando para baixo, com os dedos tocando-se cobre o cóccix. Essa posição trata os órgãos sexuais, promove a criatividade e transmite uma sensação de firmeza e embasamento.