Nesta semana, embarcamos para as praias do Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará. Um cenário de natureza deslumbrante, onde pescadores e turistas convivem em perfeita harmonia.
Nesta semana, o Jornal Hoje embarca para Jijoca, uma pequena cidade do Ceará. É lá que fica o Parque Nacional de Jericoacoara: um lugar com muito sol e praias lindas.
A lagoa é temporária. "Não tinha água aqui antes, estava sem. Agora encheu e está ótimo demais", comemora a estudante Maria Raquel.
E tudo pode mudar de novo daqui a alguns meses. "Eu estou fotografando tudo, porque são 29 anos de mudança que eu venho acompanhando", conta a fisioterapeuta Ana Reis.
Um cenário alterado ao sabor do vento. A paisagem imprevisível é o que torna mais atraente a viagem ao Parque Nacional de Jericoacoara, a 285 quilômetros de Fortaleza. A área de proteção ambiental está dentro do município de Jijoca:
Ao chegar, somos recebidos com a seguinte mensagem: "Bem vindo à Jijoca. Daqui a Jericoacoara ainda são 28 quilômetros”.
Para chegar, você pode deixar o carro no estacionamento, que cobra R$ 5 a diária, e pagar R$ 70 reais para ir de caminhonete até o parque. Outra opção é contratar um guia, por R$ 40, e usar o próprio carro até a Vila de Jericoacoara para experimentar outros passeios.
Um deles é no Manguezal. De barco, vamos procurar cavalo marinho. “A gente sempre acha cavalo marinho aqui. Não tem perigo de o turista sair frustrado, porque aqui o cliente tem que ver para poder crer, para realmente pagar", garante o barqueiro Raimundo Rodrigues. Ver e devolver o cavalo marinho para a água custa R$10.
Depois do rio, a praia onde pescadores e turistas convivem em perfeita harmonia. E é nesse clima que se experimentam pratos à base de frutos do mar. O camarão refogado no abacaxi leva cebola, palmito e tomate flambados no conhaque. Tudo servido dentro da fruta. Custa R$ 40 e dá para duas pessoas.
Por R$ 100 a diária, um casal se hospeda em pousadas mais simples. Para ficar em pousadas mais sofisticadas, com o conforto de um hotel cinco estrelas, o preço é de até R$ 1.200 por dia. Mas, qualquer opção de hospedagem vai oferecer o essencial para o turista: "Tranquilidade, sossego, descanso. É o que a gente queria realmente", conta a administradora Ivonete Bontempo.
Quem quer exercitar o corpo percorre o único caminho que leva à Pedra Furada. “Tem mais pedras e machuca um pouco o pé, mas não é muito cansativo. Compensa bastante”, diz uma turista.
A aposentada Maria José de Oliveira não se incomoda: "Eu não me cansei, sinceramente. O ar, o vento, a brisa, isso tudo ajuda”, conta.
Até parece que os turistas combinaram. No fim da tarde, o alto da Duna do Pôr do Sol fica cheio de gente. Mas mesmo que o sol não “dê as caras” para se pôr sobre o mar, todos continuam na praia, como em um ritual de contemplação da natureza e de confraternização, que inclui até capoeira. Quando tem pôr do sol, espetáculo e aplausos na duna, que vira até arquibancada.
Depois, o clima de magia: sem iluminação pública, a noite de Jericoacoara proporciona sempre um desfecho romântico para o passeio. “O fato de não ter poste e luz deixa a gente ver as estrelas, que a gente não vê mais em lugar nenhum do mundo. É uma maravilha!”, garante o professor João Reis.
