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domingo, 14 de junho de 2009

Cores e flores nas paredes


A dona deste apartamento, uma badalada chef de cozinha, viveu uma longa temporada em Paris e trouxe de lá várias referências para criar esta decoração surpreendente. Muitas destas idéias são fáceis de copiar e adaptar, bastam um pouco de ousadia e criatividade. Experimente!

- Quer dar um toque especial às paredes ? Veja a galeria com adesivos e papéis

• Charme e ousadia trazem o espírito de Paris
• Diversidade faz parte de uma alma criativa
• Os xodós da dona se espalham pelo quarto

Boa idéia
Os adesivos de gérberas gigantes foram comprados em Paris. Mas você pode escolher fotos de flores, pássaros ou borboletas e mandar fazer uma plotagem numa empresa especializada. Adquiridas em brechós, as cadeiras de estilos diferentes trazem um clima de descontração para a sala.

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Charme e ousadia trazem o espírito de Paris
Dona deste apartamento colorido, a chef e restauratrice Danielle Dahoui vem em minha direção com os pés descalços, passos firmes e um sorriso contagiante. Seu vestido de veludo marrom e renda certamente foi comprado em alguma lojinha descolada do Marais, região boêmia e chique de Paris, onde ela viveu por três anos. Como as roupas, muitas de suas idéias de decoração também nasceram de sua vivência nesse bairro, assim como do hábito de olhar vitrines e conferir as liquidações das lojas de departamentos da rue de Rivoli. Já sua simplicidade e simpatia, não há a menor dúvida: vieram de Pernambuco, a terra calorosa onde nasceu.

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Boa idéia
Mandar cobrir mesinhas, cômodas e criado-mudos com espelhos numa vidraçaria não é caro e dá muito efeito. Mas também dá para comprar pronto: esta mesinha de canto espelhada estava à venda na feirinha da pça. Benedito Calixto, em São Paulo, por um bom preço. A coleção de vasinhos é um dos hits da sala. Há vaso antigo e moderno, barato e caro e até uma obra de arte: a garrafa PET de vidro, assinada por um famoso artista plástico português, carinhosamente trazida de avião no colo. O lavabo é um autêntico jardim, com margaridas de plástico plantadas nas paredes e grama sintética no piso.

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Diversidade faz parte de uma alma criativa
Descendente de italianos e franceses, com 22 anos e 500 dólares no bolso, Danielle desembarcou em Paris no fim da década de 1980 com muita vontade de ficar. Para ajudar a pagar o curso de fotojornalismo, ela começou a lavar louça em restaurantes. Foi assim que descobriu sua grande paixão: cozinhar. Claro, decorar entra em segundo lugar na lista, pois é ela quem cuida da ambientação de seus cinco restaurantes, inclusive a do charmoso Ruella, na capital paulista. "Algumas coleções, quadros e objetos que estavam em casa agora estão nos restaurantes, e vice-e-versa. Essa troca é possível porque tudo é muito pessoal, não importa onde esteja", diz.

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Boa idéia
O olhar de um artista plástico sobre você mesma pode ser algo bem interessante. Neste banner plástico, você vê a visão que o artista Lúcio Carvalho tem de Danielle. "Ai, como eu queria ter este bocão, mas isso vem da imaginação do ar tista, assim como as mãos desproporcionais", comenta. A chef amou o resultado da obra por dois motivos: ela adora trabalhar com as mãos e ama sua profissão, e isso é bem marcante na obra. No parapeito da janela da cozinha, outra versão da coleção de vasinhos, agora tendo garrafas coloridas com flores como base. Sob a bancada, nada de portas. Danielle prefere os apetrechos de cozinha à vista, com suas formas coloridas enfeitando o ambiente.

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Os xodós da dona se espalham pelo quarto
O amor de Danielle por cacarecos, feirinhas de antiguidades, lojas de segunda mão e liquidações também é marca registrada dos parisienses. Além do bon marché (bom preço), vale a enorme satisfação de detectar uma preciosidade no meio de milhares de itens que simplesmente não tem nenhum valor. Um esporte que precisa de olho clínico, qualidade que só pode ser obtida com a prática. Quanto mais se exercita, mais o faro apura. Essa mesma capacidade pode ser direcionada para os objetos da família. Por falar nisso, ela lança a pergunta: "Será que não existe um verdadeiro tesouro escondido esperando por você entre as coisas da sua avó?"

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Boa idéia
O cabideiro de metal comprado num shopping de antiquários no Rio de Janeiro carrega um de seus maiores xodós: a coleção de chapéus, que ela usa durante o inverno de São Paulo e sempre que viaja para a Europa. Vários deles vieram de Paris, e a caixa redonda foi comprada em Londres. A estante cheia de curvas foi inspirada num modelo que ela viu numa loja muito chique da capital francesa. Bonequinhas de vários tamanhos enfeitam tanto a estante como os criados-mudos. Na parede da cabeceira da cama, Danielle queria o desenho de uma garotinha soprando bo-lhas de sabão. O adesivo foi encomendado ao artista plástico paulistano André Diniz.