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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sistema cataloga roupas e ajuda nas combinações


Igualzinho ao filme “As Patricinhas de Beverly Hills” lançado nos anos 90, Lembra? Foi dele que esta consultora de estilo tirou a ideia para um programa de computador.

No shopping, lá vão elas - sempre com uma sacolinha na mão! Qual mulher não compra muita roupa?

“Não posso ver uma coisinha assim que eu fico louca pra comprar”, diz uma mulher.

“Se tiver uma liquidação então, eu compro. Eu não estou precisando, mas eu compro”, conta outra mulher.

Aposto que a mulherada de casa se identificou!

Agora, pense no seu armário e responda: você usa tudo o que está lá dentro? Provavelmente não! Só 8% das mulheres usam!

É o que descobriu um site inglês depois de entrevistar mais de 1.600 internautas, de 18 a 30 anos.

E tem mais: uma em cada quatro disse usar apenas um décimo das roupas! E 91% têm pelo menos uma peça que ainda está com etiqueta!

“Você sabe que eu descobri isso agora, no final do ano, que eu tinha uma blusa que eu tinha comprado no outro ano que eu não tinha usado”, revela a atriz Regiane Alves.

“O provador da loja às vezes é muito bem iluminado, você veste aquela roupa, é uma roupa que você não usa normalmente, que foge um pouco ao teu estilo. Mas você acha bacana, a pessoa do lado fala que você está bacana. Na dúvida, você leva e em casa você veste uma vez, fala 'não, não é essa', tira e vai deixando”, conta a atriz Eliana Giardini.

Atire a primeira pedra a mulher que nunca passou por isso!

“Têm coisas que eu acho lindo, assim, só que eu compro e não uso”, diz a estudante Fabíola de Almeida.

“Meu marido cruzou a cidade, debaixo de chuva, pra comprar esse cinto pra mim. Mas, eu só usei esse cinto uma vez”, revela a estudante.

Já os vestidos, Fabíola usa bastante.

“Eu adoro tomara que caia. Mas, calma, esses dois não são iguais?

“A estampa é igual, só que a cor é diferente, mas eu achei linda”, explica Fabíola.

E não é que a maioria das inglesas, segundo a pesquisa, faz o mesmo? Três em cada cinco compram peças duplicadas.

Os vestidos também são o fraco de Gabriela.

“Eu tenho em torno de 150, 140 vestidos mais ou menos”, conta Gabriela Garrido, oficial de Justiça.

São tantos que eles se perdem no armário... “Eu acabo não utilizando todos os vestidos, todas as combinações que seriam possíveis. Meu sonho sempre foi organizar e saber exatamente aonde tava, como utilizar a peça, quantas vezes eu usei”, diz Gabriela.

Igualzinho ao filme “As Patricinhas de Beverly Hills” lançado nos anos 90, Lembra?

Foi dele que esta consultora de estilo tirou a ideia para um programa de computador.

Primeiro, ela fotografa as peças da cliente. Depois, armazena as imagens no software, que monta os visuais e avisa quando e onde você usou aquela produção.

“Dessa forma, você tem uma noção melhor do giro que tem o seu guarda-roupa. Você começa a perceber se você está comprando muito sapato, se você está comprando muito vestido”, sugere a consultora de estilo, Dany Padilla.

Gabriela acabou de adotar o sistema...

Ela está com 52 combinações cadastradas, mas a cada dia, ela faz mais combinações, não é, Gabriela?

“Com certeza. Estou adorando essa brincadeira. Agora, ao invés de me arrumar pra sair tirando várias peças do guarda-roupa e largando elas em cima da cama, eu simplesmente olho na tela do computador”, conta Gabriela.

O catálogo de Alice é na memória mesmo. Ela é tão fissurada em bolsas que sabe as que tem de cor.

“Se sumir uma eu vou dar falta”, diz a pedagoga Alice de Oliveira.

E olha que a coleção tem mais de 150 peças!

“Eu compro mais do que deveria e poderia. Tem meses que eu fico em prestação de bolsa assim... de R$ 300. O maridão nem sabe, vai ficar sabendo hoje. Já chegou ao ponto de ter que comprar escondido da família porque todo mundo acha que eu sou maluca”, diz a pedagoga.

Parece brincadeira, mas comprar em excesso pode sim virar doença.

“A sensação do comprador compulsivo é que ele está sempre perdendo se ele não participa da promoção, liquidação, enfim, como comprar é extremamente aceito e faz parte do nosso dia a dia, ela tem um tempo pra perceber que aquilo deixou de ser normal”, diz a psicóloga Tatiana Filomensky.

E a ficha costuma cair quando as dívidas começam a acumular. É aí que a pessoa busca tratamento.

"Ah, mas eu vou aprender a não comprar mais? Não. Você vai aprender a comprar de um jeito saudável”, diz a psicóloga.

Consegue resistir a uma liquidação? Faça o teste e descubra se você é consumista!