Porto das artes. Emoldurada pelo artesanato nordestino e as belas praias do Recife, essa casa tem alma brasileira.Quase tudo nesta casa de veraneio foi pensado para os hóspedes – tanto que, depois da reforma comandada pela arquiteta Ana Cristina Cunha, eles ganharam um anexo exclusivo. A intenção era criar aconchego e intimidade com peças simples de artesanato. “Quero um clima em que as pessoas se sintam à vontade ao sair do mar ou da piscina”, diz a proprietária. Outro propósito foi deixar os ambientes ventilados, com muitas aberturas e poucas paredes, já que a região é muito quente. “O que está fora recebe o mesmo tratamento do que está dentro: varandas são como salas, salas como varandas”, diz a arquiteta. Nas noites de Lua cheia, um dos lugares mais freqüentados é o píer, onde as conversas avançam pela madrugada à luz de tochas. Os fotógrafos Mônica Vendramini e Pablo Di Giulio também moram cercados por obras de arte. Conheça o apartamento deles.
No píer – o ambiente de boas-vindas de quem chega pelo mar –, tudo é bem brasileiro. As almofadas de chita e os pufes foram comprados no Mercado de São José, em Recife, e a cortina de conchas foi confeccionada por artesãs da ilha de Deus, uma comunidade ribeirinha da região. Sofás e poltronas são da Casa Pronta.
O piso é de réguas de maçaranduba, madeira também escolhida para o pergolado. Execução da FCK Construções.
Na entrada de quem vem do píer, se percebe a intenção de deixar a casa bem ventilada, com portas e painéis de brises de maçaranduba.
Os anjos da artesã Nené Cavalcanti abençoam a casa. A arquiteta colocou um tampo de vidro sobre um antigo suporte de máquina de costura para servir como base.
A rede colorida é da Bianco Chiaro.
Os móveis em volta da piscina são da JC Vime e as poltronas de madeira, da Sucasa. O totem da pernambucana Henriqueta Targino marca o espaço com alegria e bom humor.
A rede branca, da Terra do Sol.
No hall de entrada, três obras marcantes: o óleo sobre tela de Jobalo (Galeria de Artes Dumaresq), As folhas de madeira de Naiade Lins (Finnis Interiores) e a sereia de tampinhas de refrigerante, que é na verdade uma luminária, do artesão mineiro Fábio (Sobrado Sete).
A bola de cipó ocupa um nicho criado para disfarçar a coluna estrutural.
No quarto, o tecido estampado da colcha (Maria Casa) foi aplicado sobre fronhas brancas (confecção de Conceição Gouveia).