Ampliar para acolher: após a reforma, sobrado acolhe a família de quatro mulheres.
Por Eliana Medina e Liane Alves
Fotos: Edu Castello
Com portas voltadas para o jardim, os ambientes internos se tornaram mais claros e arejados. Marta e as filhas - Manoela, Sofia e Julia - aprovaram as mudanças e escolheram para a fachada um revestimento rústico (Terracor, Textura Originale, ref. 707).
O objetivo era oferecer um quarto a cada uma das moradoras. Por isso, Paulo Fecarotta aproveitou a edícula existente e ergueu o segundo andar, que se transformou no refúgio de Julia. Para unir os dois módulos, há uma passarela (3 x 1,10 m) fechada com vidro temperado 8 mm. Esse corredor ganhou uma estante de alvenaria, feita na obra pelo empreiteiro Carlos Motta. Sob essa área, a paisagista Clara Kaiser criou um jardim com piso de pedriscos. Ao contrário da grama, ele não requer manutenção, revela a dona. O engenheiro Luiz Henrique Gonzaga, irmão de Marta, cuidou da execução da obra.
Para garantir mais proteção à família, uma porta tipo guilhotina de MDF (2 x 0,75 m) foi instalada no final da escada e impede o acesso ao segundo andar. Com execução do marceneiro Altair Benedito da Cruz, ela traz um hábil sistema de fios de aço e contrapesos que facilitam o abre-e-fecha. Mesmo quando saio, fico tranquila em deixar as meninas sozinhas, diz Marta.
O branco das placas de cimento do piso (Castelatto, modelo Paris, 1 x 1 m) deixa a casa fresquinha e suaviza a pintura roxa (tinta acrílica, ref. PO90, Suvinil) da parede principal da sala. Os cuidados aparecem inclusive nos detalhes, como o rodapé de pinho que acompanha mesmo material e tom da escada. Outro destaque é o espelho marroquino comprado na L oeil.“Quando vi este sobrado numa rua tranquila e arborizada de São Paulo, me apaixonei. As esquadrias e os armários da cozinha estavam em perfeito estado e os acabamentos eram de qualidade. A moradia de 180 m², no entanto, contava apenas com dois quartos para nós quatro – eu e minhas filhas. Parecia difícil nos arranjarmos ali, mas achávamos a casa tão ajeitadinha que resolvemos fechar negócio e investir numa reforma para deixá-la acolhedora. Com a eliminação de parte do corredor lateral, que era muito largo, a sala cresceu. O arquiteto Paulo Fecarotta teve a ideia de criar um quarto sobre a edícula, ligado à construção principal por uma passarela. Conquistamos outro dormitório ao dividirmos os dois que já existiam. O resultado não poderia ser melhor, pois hoje moramos confortavelmente em 220 m². Agora, nos sentimos bem instaladas.”
