
Sem medo de ser simples, este bangalô aposta em materiais artesanais, como as taubilhas da cobertura e o piso de tijolos.No topo de um morro, este terreno é estreito e comprido do jeito certo: com o lado maior voltado para o mar. Perfeito para uma casa térrea, pois todos os ambientes podem tirar uma casquinha da vista. O arquiteto Ademar Sá, de Itacaré, no litoral baiano, pensou nisso ao desenhar a planta em três blocos (o do casal, o de estar e o dos hóspedes), organizados em torno do terraço. Portas de correr de vidro reforçam a proximidade com a mata Atlântica. Mas o que encanta mesmo neste refúgio são os materiais artesanais, instalados com esmero. A seguir, as dicas do arquiteto.



Apesar de ser uma das certezas do projeto, a escolha do vermelho não aconteceu de forma tão simples. O catálogo da marca Ibratin, sugerida pelo arquiteto, não continha um tom terroso – nem um azul próximo ao violeta (eleito para destacar trechos salientes da fachada). No entanto, a marca oferecia bom preço. A solução foi buscar amostras e encomendar ao fabricante a tinta acrílica nas cores desejadas.

Mosaico de materiais
1. Madeira de demolição Provenientes de uma fazenda da região, as tábuas de 20 cm de largura compõem a porta de entrada e um painel numa das paredes do quarto do casal (à dir.). Como estavam sujas de tinta ou cobertas de fuligem, receberam uma leve lixada antes da camada de verniz transparente que dá o acabamento.
2. Eucalipto Toda a estrutura da casa (pilares e madeiramento do telhado) emprega eucalipto tratado em autoclave e protegido com duas demãos de stain.



7. Tijolinho Apelidado de sergipinho, o tijolo revela sua origem. O assentamento, feito sobre o contrapiso regularizado e seco, empregou argamassa pronta (a mesma usada para cerâmica). Duas camadas de resina acrílica dão o toque final.

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