Você vai reformar o seu apartamento? Prepare-se para essa aventura com as orientações abaixoIMPERMEABILIZAÇÃO
“Infiltrações são dos maiores problemas enfrentados em coberturas”, diz o arquiteto Rubens Ascoli. “Elas estão mais expostas às variações de temperatura e às movimentações naturais da estrutura”, explica. Nos terraços (piso e laje), cozinhas e banheiros foi utilizado o impermeabilizante líquido MSET, da Bautech. Sua vantagem é a facilidade de aplicação, semelhante a uma tinta, com um rolo de textura acrílica. Feito à base de borracha sintética, ele acompanha as dilatações e contrações da estrutura e é resistente à exposição ao sol e à chuva. A área fica liberada para uso em até 72 horas. A manta asfáltica, produto de uso mais tradicional, leva pelo menos o dobro de tempo para ser aplicada, segundo Rubens. “Ao redor de ralos e tubulações de PVC em geral, reforce a impermeabilização com um selador de poliuretano, conhecido como mastique”, alerta Ismael Labão, gerente comercial da Bautech. O MSET sai por R$ 20 o m² (sem a mão-de-obra).
GESSO
Com a demolição de paredes e a redistribuição dos ambientes, o gesso disfarçou vigas, contribuiu para criar efeitos de luz e formar nichos. “É um dos materiais mais versáteis pela facilidade e rapidez de instalação, além da leveza”, diz o arquiteto. Mostrou-se uma solução arquitetônica e decorativa especialmente interessante ao cobrir duas janelas ao lado da escada. Na fachada do prédio, nada foi modificado. Internamente, onde havia as janelas, existe agora uma parede de gesso acartonado. Nesse processo, o primeiro passo foi vedar os vidros com silicone. Em seguida, as placas de gesso, fornecidas pela Wallplac, foram parafusadas em perfis metálicos embutidos na alvenaria. “É preciso fazer um pequeno orifício na parede de gesso para amenizar a pressão de ar que se forma entre ela e a janela”, explica Rubens.
AR-CONDICIONADO
No verão, ambientes fresquinhos são sinônimo de conforto. O ar é refrigerado por equipamentos do tipo split, da Consul, compostos de evaporadoras, que ficam no interior do apartamento, e por unidades condensadoras, instaladas do lado de fora (neste caso, existe um compressor sobre a laje do terraço e outro na varanda). Elas são interligadas por uma tubulação frigorífica. “A distância entre a evaporadora e a condensadora não deve ultrapassar 15 m para evitar perda de refrigeração”, explica o arquiteto. O erro mais comum, segundo o profissional, é não prever uma tubulação exclusiva para o dreno. “A água condensada precisa ser descarregada num ralo.” Para garantir a eficiência do equipamento, recomenda-se instalar as evaporadoras em locais confinados, e não muito abertos ou próximos a janelas.
PISO DE MADEIRA
Para o designer Fábio Galeazzo, entusiasta do uso de materiais naturais, as texturas rústicas causam sensação de aconchego: “Parece que a vida fica mais próxima à natureza e menos hostil”. Na sala, o piso de peroba-rosa de demolição tem réguas de 20 cm de largura e comprimento variado (de 1,50 m a 3 m). Foram clareadas e pregadas em barrotes, encaixados sobre o contrapiso nivelado. “Para diminuir a irregularidade entre as tábuas, fazemos o encaixe macho-e-fêmea”, explica Marcelo Canelhas, administrador de obras do Antigão Demolições, fornecedor do material. Após a colocação, o piso é calafetado (vãos entre as peças preenchidos com massa acrílica). Por fim, é aplicada cera de carnaúba. De acordo com Marcelo, é possível instalar até 20 m² por dia. A empresa cobra R$ 215 o m² deste assoalho (com mão-de-obra, sem os barrotes).
TOLDO
Na ausência de beiral, o toldo protege a cozinha gourmet e a sala de jantar do sol forte e da chuva, além de embelezar o terraço, sem comprometer a fachada. Pelas suas dimensões, de 2 x 6 m, teve de ser içado até o topo do edifício. O modelo da Uniflex, feito de PVC e tecido acrílico, traz um sensor que detecta o excesso de vento e, automaticamente, recolhe o equipamento. “É um acessório de segurança indicado para apartamentos de cobertura”, afirma Christoph Roth, diretor de marketing da empresa. Outro recurso faz com que os braços sejam articulados e o toldo se abra sozinho quando a incidência de luz é muito alta. Esta versão, motorizada, pode ainda ser acionada por controle remoto. Um toldo com articulação manual custa a partir de R$ 190 o m².