O diferencial de nossa abordagem está em facilitar o aproveitamento dos alimentos pelo trato digestivo, em reduzir a compulsão alimentar (em especial no que se refere ao açúcar), em avaliar a intolerância a determinados grupos de alimentos e em favorecer o ânimo e a disposição, que devem ser utilizados para a atividade física e para mudar os hábitos de vida. E isso tudo sem utilizar os famosos "remédios para emagrecer".
Sempre individualizado, o primeiro passo de nosso sistema é uma avaliação com consulta e exames clínicos. Em seguida é planejado um conjunto de medidas que objetiva a perda de peso com saúde e qualidade de vida, e que dedica especial atenção à origem do problema – e não apenas a seus sintomas.
A ingestão excessiva de açúcar pode se ligar a dois fatores inter-relacionados: a ansiedade e mudanças na flora bacteriana do intestino. Alterações na flora intestinal podem estimular a multiplicação de bactérias que se alimentam preferencialmente de açúcar e têm a capacidade de inibir a produção de serotonina em nosso cérebro – a serotonina é um mediador químico cerebral muito importante no controle do humor e da ansiedade. Com menor produção de serotonina, a pessoa fica mais ansiosa, adquire tendência à depressão e acaba ingerindo mais e mais açúcar. O mais indicado, no caso, é regularizar a flora intestinal e não inibir artificialmente o apetite.
Excesso de pressão pode gerar ansiedade – e uma das formas de aliviar a ansiedade é comer. Ao combatermos o desequilíbrio provocado pela pressão do cotidiano, permitimos ao organismo ingerir apenas o que necessita para sua manutenção, e não para aliviar a tensão emocional. Combatemos essa tensãocom substâncias naturais, que não são tóxicas e nem produzem dependência.
Nosso sistema é capaz de identificar uma eventual intolerância ou alergia a determinado alimento. A dificuldade em digerir e utilizar certos alimentos é um dos fenômenos que ocorrem na intolerância alimentar, que tem uma característica curiosa. Ao invés de a pessoa evitar o alimento que faz mal, como acontece nas alergias alimentares, no caso da intolerância ela pode desenvolver compulsão e ingerir o alimento em excesso. A chave é tratar a intolerância alimentar ao invés de reprimir o apetite.
4. Dieta Ortomolecular e o aproveitamento dos alimentos que ingerimos
Nosso intestino é um imenso filtro que às vezes não funciona como deveria. O mau funcionamento intestinal pode dever-se, entre outras razões, a certas substâncias químicas que ingerimos ou que são adicionadas nos alimentos da nossa dieta.
Pode acontecer, então, a chamada "alteração na permeabilidade intestinal" – o que acontece quando o filtro do intestino, em mau estado, permite a passagem de partículas alimentares mal-digeridas para a corrente sangüínea. É comum ocorrerem também alterações na flora intestinal, fazendo com que multipliquem bactérias nocivas que trazemos no intestino. O aumento da permeabilidade intestinal, somado ao das bactérias nocivas, é chamado "disbiose".
Além de permitir a absorção de várias toxinas, a disbiose inibe a formação de vitaminas produzidas no intestino e permite o crescimento desordenado de fungos e bactérias capazes de afetar o funcionamento do cérebro, com conseqüências significativas sobre as emoções.
O princípio é tratar a disbiose, causa original de vários transtornos alimentares e emocionais, e não abordar apenas suas conseqüências ou sintomas.
Alimentar-se conforme os princípios da saúde significa, basicamente, ingerir alimentos de baixo Índice Glicêmico de forma combinada. Alimentos de baixo IG são os que, depois de absorvidos, não provocam uma explosão nos níveis de glicose no sangue, evitando a liberação excessiva de insulina. Com os níveis de açúcar no sangue estáveis, sentimos menos fome. Em conseqüência da alimentação correta, o organismo passa a queimar a gordura acumulada quando necessita de energia, ao contrário do que acontece com as dietas indiscriminadas e com os inibidores de apetite, que nos levam a perder massa muscular e água.
Já a combinação de alimentos é indicada porque certos alimentos são digeridos num meio ácido, enquanto outros pedem um meio alcalino – por isso deve-se evitar que sejam consumidos na mesma refeição. Com isso, as enzimas que digerem os alimentos podem atuar com mais eficiência, aproveitando melhor uma quantidade menor de comida.
Não é qualquer tipo de atividade física que leva à queima de calorias e a um aumento do metabolismo. E essa atividade não precisa nem deve ser excessiva. Meia hora diária de atividade física adequada e bem-feita já é suficiente para produzir ótimos resultados, aumentando o metabolismo, melhorando o humor e favorecendo a perda de peso.